segunda-feira, 23 de março de 2009

Basta de superávits primario!

Com a queda na arrecadação e a perspectiva de redução nas metas anuais de superávit primário, mesmos os fiscalistas carecas estão com os cabelos em pé. Avançam as divisões motorizadas contra os “gastos correntes”, aqueles que, segundo a versão martelada pelos neocons e retransmitida dia e noite pela mídia que os vocaliza, se não forem contidos e decepados, sufocarão os investimentos públicos.

”Gastos correntes”, tratados assim o mais genérico possível, são os primeiros suspeitos de sempre entre os culpados pelos erros da política econômica, na visão desnaturada do neoliberalismo de casaca. Lançada ao ar com a recorrência das mentiras que se tornam verdades, a acusação contra os “gastos correntes” confunde a plebe ignara, que os identifica apenas como a expressão de salários exorbitantes de indistintos servidores públicos. E também de mordomias hollywoodianas. Ou, ainda, de escandalosos desperdícios de recursos.

Sim, sim, tem salários exorbitantes, mas só para uma parte bem pequena do funcionalismo - o grosso trabalha direito e ganha pouco. Tem mesmo mordomias incríveis, mas, de novo, é moleza para uns poucos amigos dos reis e nobres das cortes. Desperdício, idem com batatas, mas desperdiçar recursos públicos não é exatamente a regra.

Uma parte relevante dos “gastos correntes” ou seu sinônimo com roupa ideológica, a “gastança”, nada mais é do que o conjunto de recursos aplicados em áreas essenciais, como saúde pública e educação pública – parte do que chamam, pejorativamente, de “custeio da máquina”, sempre apedrejada sem as necessárias ressalvas. Também fazem parte dos gastos correntes que vão no saco das mordomias e dos aproveitamentos, os programas sociais, a Previdência e subsídios – estes, aliás, um balaio de gatos que inclui um tanto para pobres e, vamos combinar um monte para ricos. É preciso deixar claro: sem gastos correntes, restaria aos desprovidos apenas a proteção social dos viadutos.

Se, então, o analista das políticas fiscais for honesto, se sentirá, antes de qualquer coisa, na obrigação de separar os alhos dos bugalhos. Além disso, saberá observar o campo de uma perspectiva histórica. Por exemplo: por que meta de superávit primário? Boa pergunta que nunca é feita, logo, nunca respondida. Por que, enfim, não meta fiscal nominal, como em todas as economias civilizadas do planeta?

Como define o senso comum, o superávit primário é “a economia feita pelo governo para pagar os juros da dívida pública”. Ele leva em conta as receitas do governo – nas três esferas federativas, incluindo os bancos públicos e as empresas estatais – das quais são descontados gastos correntes. O gasto com juros da dívida pública, o item de maior peso individual no total dos gastos, que não deixa de ser “corrente”, fica fora da conta.

O conceito de superávit primário, que se articula com o da relação dívida pública com o PIB, é um entulho econômico dos tempos dos garrotes do FMI, imposto ao País como condição para novos empréstimos compensatórios, em nome da contenção de uma monumental dívida pública, formada por uma gigantesca dívida externa e uma explosiva dívida interna. Não custa lembrar que a primeira foi potencializada por uma desastrosa política de valorização cambial. E que a segunda – o lado escuro da lustrosa moeda do Plano Real –, ainda que explicável em parte pela absorção de esqueletos fiscais, partiu de pouco mais de 30%, em 1994, e alcançou a vizinhança inédita de 60% do PIB, em 2002.

Com a redução da dívida pública externa a volumes de quase nada (menos que nada, aliás, se considerarmos o acumulado de reservas internacionais) e o controle da dívida interna, em relação ao PIB, as metas de superávit primário perderam toda a sua eventual razão de ser. Mas continuam a estrangular as políticas públicas, afetando, principalmente, as de cunho social, e os investimentos públicos em infraestrutura.

Do mesmo modo que o conceito de meta fiscal operacional, vigente no período em que a correção monetária disseminou-se na economia, foi abandonado com o fim da indexação geral de preços, a aplicação do conceito de meta primária, como base de política econômica, está em desacordo com a realidade do endividamento público e sua manutenção é um crime contra o esforço dos brasileiros em fazer o País progredir. Assim como a meta operacional foi substituída pela meta primária, está mais do que hora de substituir a meta primária pela meta nominal, com a inclusão dos juros das dívidas públicas no conjunto dos gastos de governo a serem controlados e monitoridos.

Se o Brasil almeja, de fato, ocupar um lugar de destaque entre as economias globais, não pode manter em vigor uma jabuticaba desse quilate. Não é nem o caso de falar de uma necessária revisão nos conceitos de dívida pública, mas, simplesmente, de adotar o que todos praticam mundo afora. Não há economia civilizada que opere com metas fiscais primárias.

Com a substituição da meta fiscal primária pela nominal, além de incluir os juros na roda dos gastos a serem controlados, a política fiscal ganharia uma flexibilidade de que hoje não dispõe. Neste exato momento, o governo se contorce em cólicas para cortar gastos correntes e salvar algum para investimentos.

Os sábios se esfalfam no ataque à redução da meta de superávit primário para 3,8% do PIB e reagem com horror à idéia de reduzi-la mais um pouco, para 3,3% do PIB, com o desconto de 0,5% do PIB na meta, referente ao chamado “projeto-piloto de investimentos (PPI), uma mandracaria acertada com o FMI, no início do governo Lula, para permitir, caso necessário, um mínimo de investimento em infraestrutura.

Cálculos conservadores, no entanto, mostram que seria possível reduzir o superávit primário bem além dos 3,3% agora aventados. Até pelo menos um superávit primário de 2,5% do PIB não haveria qualquer efeito negativo no controle fiscal. Mesmo se a economia não crescer mais de 1% em 2009 e os juros básicos médios do ano permanecerem nas alturas de 11,2%, com um superávit primário de 2,5% do PIB, o déficit nominal e a relação dívida/PIB continuarão recuando, na comparação com os anos anteriores.

O economista Amir Khair, um especialista tecnicamente seguro, mas independente do pensamento econômico hegemônico, calcula que o déficit nominal ficaria em 1,5% do PIB (contra 1,6% do PIB, em 2008) e a dívida pública líquida, em 35,4% do PIB (contra 36%, em 2008). Hipóteses também conservadoras mostram que, com crescimento de 2%, em 2010, e juros básicos médios anuais de 9,6%, o mesmo superávit primário de 2,5% do PIB resultaria em déficit nominal de 0,8% do PIB e uma dívida/PIB de 33,7%.

Quando se observa que esses resultados são muito melhores do que os tetos, hoje já ultrapassados, fixados pelo Tratado de Maastricht, para os países da União Europeia (déficit público nominal de 3% e dívida pública de 60% do produto econômico), fica nítido não fazer nenhum sentido insistir no conceito de meta primária. Faz menos sentido ainda se agarrar a superávits desnecessários, com suas conseqüências nefastas para o desenvolvimento econômico do País e a qualidade de vida da população, sobretudo aquela que vive em maior insegurança social.

Gastar mal, é claro, não pode. Mas, economizar mal também não devia poder.

* * *

Quem se interessar por uma discussão um pouco mais profunda sobre contas públicas vai encontrar aqui um bom material básico. O link abre para um artigo do economista Geraldo Biasoto Junior, professor do Instituto de Economia da Unicamp. O “engodo do superávit anticíclico” é um texto antigo, de março de 2004, e os números mencionados, já entraram para a história. O que interessa, no caso, é a crítica dos conceitos de política fiscal que ganharam hegemonia, a partir do Plano Real, e ainda hoje dominam o debate.
Em tempos de revisão das incertíssimas certezas que, nas últimas décadas, sufocaram o contraditório na economia, é mais do que recomendável ter uma idéia a respeito de visões divergentes nos diversos aspectos da política econômica. É pena que esse debate não consiga espaços na mídia.

Um comentário:

erivaldo disse...

23/03/2009 - 16:04

Enviado por: João

Nimguen fala da diferensa do superavit primario e o principal QUAL o tamanho do abismo!!!!!!!!!!!

23/03/2009 - 16:14

Enviado por: Ao Alheio

Prezado,

Gostaria de saber onde funcionarios publicos trabalham direito e ganham salarios alinhados a media dos assalariados da iniciativa privada.

Nem vou pedir 3 exemplos, um só me basta, mas tem que ser no Brasil.

sinceramente só pode ser piada o senhor achar que os gastos com funcionalismos e custeio destes orgaos publicos é minimo.

Abs

23/03/2009 - 16:21

Enviado por: Fernando

Ao Alheio,

Policiais, médicos, professores são bem remunerados?
Um General no posto máximo, ganha menos que um gerente de uma boa empresa (não estou nem comparando com diretor).

Abçs,

23/03/2009 - 16:23

Enviado por: josé paulo kupfer

Prezado Ao Alheio,

Obrigado pela participação, o pior cego é o que quer ver só o que quer ver. Se não for pedir muito, leia de novo… Aposto que na sua família ou entre vizinhos e amigos que você preza há algum servidor público honesto e cumpridor dos seus deveres. Você mesmo terá fartos exemplos.

Eu, por exemplo, tenho da minha mãe, que foi procuradora da Previdência, de muitos de meus professores no colégio público, da minha mulher, que é professora em universidade pública, de amigos que trabalham em bancos públicos.

Além do mais, você pegou um aspecto totalmente marginal do texto.

Enfim, para não perder mais seu tempo, repito a última frase:

“Gastar mal, é claro, não pode.

Abrs.

23/03/2009 - 16:24

Enviado por: josé paulo kupfer

Fernando,

Concordo inteiramente com você. E sugiro voltar ao tema principal. Não vamos desperdiçar o debate….

Abrs

23/03/2009 - 16:33

Enviado por: Antonio Piñón

Ao Alheio,

Permita discordar, estudei em colégio técnico estadual e meus antigos professores ganhavam pouco (pouco mesmo) e se desdobravam para formar cidadãos…

Acredito que els não sejam excessão no pais…

23/03/2009 - 16:36

Enviado por: DJ Lage

Caro Kupfer,

Creio que quando você fala em controle dos gastos com pagamento de juros da dívida pública, você esteja falando em baixar a taxa Selic, estou certo?

Com relação a isso, gostaria de ouvir sua opinião com relação às perguntas que eu lhe fiz no meu comentário a seu post anterior: ‘Síndrome de abstinência dos juros altos’ !

Grato,
DJ Lage

23/03/2009 - 16:40

Enviado por: Roberto Fonseca

Me expiliquemmm o que é superavit primário,pois ainda estou na pior com relação a essas coisas. É o sub-emprego aumentando?? É o pessoal em Brasilia pedindo aumento?? É a greve dos petroleiros??? É o presidente se superando em viagens, deixando o povaréu num estado abissal??? É Ulisses querendo voltar para a pátria amada??? É o Colorido querendo retornar ao seu posto, do qual foi arrancado??? Afinal de contas, o que um superavit primário??
RF

23/03/2009 - 16:40

Enviado por: DJ Lage

É um pouco extenso, mas talvez renda alguma discussão …

20/03/2009 - 11:52

Enviado por: DJ Lage

JPK acompanho seu blog não é de hoje, gostaria de parabenizá-lo pelo modo como o conduz, e pelas notícias e opiniões nele expressadas por você, bem como, por alguns comentaristas de plantão, com os quais se não concordo plenamente, respeito muito suas balizadas opiniões (o Romaneli, por exemplo, tem sempre boas intervenções, com as quais venho a concordar, na maioria das vezes).

Gostaria de perguntar a você e a seus leitores, já que vocês têm mais conhecimento de causa que eu (pois não sou do ramo da economia, apesar do fascínio que ela me provoca); com relação à taxa de juros, qual é, ou quais são os fatores que impedem um corte na taxa de juros, para que ela ficasse em torno de 0 a 2 % de juros reais ?

Pois esta é a relação em países como Argentina, México (com históricos de dívida, moratória, e quebra ‘mui’ parecidos com os nossos - se a justificativa for a nossa moratória ), ou ainda de países como a Itália e o Japão (caso a justificativa se dê com relação à dívida/PIB, em ambos os casos superior a 100%).

Caso a resposta tenha como base o financiamento externo, aí vai outra pergunta: Com uma redução das taxas de juros nominais de 12,75% para 5% ou 7% ao ano e levando-se em conta que cada corte de 1% libera R$12 bi, fazendo as contas, sobrariam aproximadamente R$95 bi ou R$70 bi (na segunda hipótese, que deixando os juros reais na casa dos 2,5% ao ano - nivelado com o dos países já acima referidos, que por sinal não enfrentam graves problemas de surto inflacionário - ainda consistiria em bom atrativo de investimentos). Será que este valor anualmente não seria suficiente para o Brasil financiar seu próprio desenvolvimento ? Ou mesmo o pagamento das dívidas vincendas (de curtíssimo prazo - até um ano) e neste caso, decrescendo de forma acelerada os níveis da dívida, o que por si só, já embasaria aos olhos dos investidores estrangeiros, a redução da taxa, pelo compromisso de pagamento da dívida (Aliás, outra pergunta, como seria feito esse pagamento? Em espécie, moeda corrente nacional - pois se for haja casa da moeda para imprimir tanto Real, seria uma situação surreal - para não perder a piada.)

Caso a justificativa seja a da volta da inflação, outra pergunta: O corte na taxa de juros, torna ou não torna o investimento produtivo mais atrativo (fonte de financiamento), aumentando a oferta de produtos, fortalecendo o mercado interno? Ademais, vale lembrar o já mencionado acerca da inflação controlada dos países vizinhos.

Desculpem qualquer ignorância na matéria (realmente do jeito que eu expus, parece fácil demais acabar com a dívida pública nacional, algo deve estar errado com este raciocínio simplista e reducionista), bem como, desculpem pelo excesso de perguntas.

Desde já agradeço o espaço e a oportunidade,
DJ Lage

23/03/2009 - 16:44

Enviado por: Tiago

Engraçado é que sempre que algum cabeçudo fala em cortar custeio, diz que é pra garantir os investimentos. Como se investimento não tivesse um acréscimo de custo associado.

23/03/2009 - 16:45

Enviado por: AHAB advogado

JP Kupfer,

Por que não mudamos,também, essa história de “tudo” ser “comparado” ao PIB, quando sabemos que o que de fato importa é PNB?

23/03/2009 - 16:45

Enviado por: Liarte

genial;

Obrigado pelas reflexões expostas.

23/03/2009 - 16:48

Enviado por: Prof. Mauricio Braga

Há pessoas que trabalham dentro de um planejamento estratégico e de uma lógica inteligente e flexível. Tomam suas decisões baseadas em inúmeras hipóteses e relativizam teorias, teorizações e ensaios para extrair a adequação máxima possível. São louváveis e inspiradores.

Em contrapartida, há aqueles cães ávidos por obedecer às ordens de rapina de quaisquer autoridades com voz de comando. São incapazes de raciocinar com profundidade e, quase na totalidade do tempo, não repensam o processo nem o resultado: apenas temem a palmada e a repreensão de quem os domina.

Infelizmente, a maioria de nossos líderes políticos se alinham aos cães do segundo caso, ao passo que a maioria de nossos analistas permanece no primeiro grupo. Minha dúvida é simples:

“Não se envolver liberta a mente ou é o envolvimento que a aprisiona?”

Não sei.

Note que a Selic caiu apenas quando todos os cães tiveram certeza de que perderiam seus ossos com sua manutenção.

É hora de para de conversar e fazer lobby…

23/03/2009 - 16:48

Enviado por: josé paulo kupfer

Caro AHAB,

Você tem razão. Mas em tese. Primeiro, que, embora caminhando, nossa economia, relativamente, ainda é fechada. Daí porque o PIB é o escolhido para comparações e relações. E, depois, pelo mesmo motivo, a diferença entre um e outro não é lá essas coisas.

Mas, recentemente, ouvi uma notícia de rádio em que o locutor falava em PIB global. Achei graça. E, portanto, concordo com você.

Mas, de novo, isso é marginal ao tema…

Abrs.

23/03/2009 - 16:58

Enviado por: Karla

Creio que a indignação de uma grande maioria é a relação custo/benefício entre o que se paga de impostos e o que recebemos de volta, em educação, saúde e segurança. Para a classe média é zero, pois temos que custear nossos filhos em escolas particulares, pagar mensalidades abusivas de convênios, pagar seguro de carro, etc. Porém, sou funcionária estadual, concursada e trabalho bastante e não ganho nem o piso estabelecido para a minha categoria. Entendo a revolta do colega, apesar de saber, por experiência própria, que nem todo servidor é “marajá” como se dizia antigamente. Quem sabe um dia, quando a verba for distribuída de acordo, a máquina do Estado volte a funcionar…

23/03/2009 - 16:58

Enviado por: Miguel

Não acredito que esse senhor “Ao Alheio” pense mesmo do modo como escreveu.
Deve estar em outro país, deve estar de gozação ou então está mesmo alheio ao mundo que o cerca.
Queremos superávits “secundários”, ou melhor, para aqueles itens que sempre foram secundarizados: saúde, educação, transporte coletivo.
O balanço do governo não pode ser medido apenas pelas cifras, mas também pelos resultados sociais. Senão, para que governantes? Chamem os contadores e gerentes financeiros.
E que se dane a nação!

Parabéns JP Kupfer.

23/03/2009 - 17:03

Enviado por: Calfreire

Caro Kupfer,

Quando vc fala de algum servidor público honesto e cumpridor dos seus deveres, me vem a mente a questão dos gastos com a folha de pagamento do governo, que os neoliberais afirmam que não pode inchar.
Pergunto-lhe: quem fará o serviço?
Os neoliberais diram que são os terceirizados, que eles supostamente seriam mais baratos.
Mas terceirizar, se vc concorda, não passa de uma forma de concentrar o dinheiro público nas mãos de uma minoria apadrinhada e formar uma turbe de dependentes para o SUS e a Previdência custear as depesas sem o lastro devido.
Uma maquiagem muita capenga, não concorda?
Não seria uma forma de gastar mal?

Um grande abraço,
Calfreire

23/03/2009 - 17:04

Enviado por: Fabio

O texto explora aspectos interessantes, mas sonega o fato de que o custeio da máquina cresceu acima do PIB em um momento de bonança mundial, da qual os países em desenvolvimento, como o Brasil, foram os grandes beneficiados, sem levar em conta que, um dia, a bonança acabaria. Parece-me um pouco a fábula da cigarra e da formiga. O governo gastou e se lambuzou e se esqueceu de aproveitar essa época para promover reformas que visassem reformas administrativas que visassem ganhos de eficiência, assim como faz qualquer empresa privada que visa sobreviver. Temos que lembrar, ademais, que o Estado é ineficiente por natureza, portanto, ressalvado seu papel social, pra que 30 e tantos ministérios, 180 diretorias no senado, só para dar exemplos obvios?

A beleza do superavit primário é que ele passa por cima de todas as ineficiencias do Estado e determina que as proximas geracoes nao terao que arcar com nossa incapacidade de cortar na propria carne.

Se o brasil é a economia sólida que é, nao é porque o Lula está ai, é pelo que o FHC teve coragem de fazer nos anos 90 contra tudo e contra todos. Se o superavit é dispensavel hoje, foi ele que nos trouxe até onde estamos. Querendo ou nao, o mundo via o Brasil como ma republica de bananas, e passamos a ser um país (mais) sério desde entao. E se os anos foram mais dificeis naquela época, é porque todo inicio é mais dificil mesmo, sem contar que o mundo daquela época nao foi o céu de brigadeiro que foi nos anos Lula.

Acho que o superavit fiscal é um seguro contra politicos incompetentes.

23/03/2009 - 17:04

Enviado por: erivaldoferreira

Brilhante texto, pois é preciso separar o que é recurso social e o que é custeio da máquina. Penso que: o aumento dos gastos correntes do governo Lula não representa inchaço da máquina pública como querem nossos jornalista neocons

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Servidor do sistema penitenciário paulista, formado Gestão de Segurança Pública – UNIBAN/SP, é estudante de Iniciação Cientifica como o tema: Mapeamento dos Programas socioeducativos de semiliberdade no Brasil pela mesma Univercidade É Editor do Blog SERVIDORES PENITENCIÁRIO DO ESTADO DE SÃO PAULO e Fundador, colaborador do blog APGSP- ASSOCIAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE GESTÃO DE SEGURAÇA PÚBLICA